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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Lutadores nervosos, sumiço de vara e hackers garantem bizarrice olímpica

O excesso de adrenalina e a revolta com a arbitragem garantiram as duas cenas entre as mais bizarras e inusitadas desta Olimpíada.

Por um lado, o lutador sueco Ara Abrahamian atirou no chão seu bronze e abandonou o pódio como forma de protesto. A foto de sua medalha na categoria até 84 kg da luta greco-romana no chão, abandonada, rodou o mundo, afinal, tantos atletas sonharam ter prêmio olímpico. Ele não gostou da decisão dos juízes na semifinal contra o italiano Andrea Minguzzi, que acabou ganhando o ouro.

Já o cubano Angel Valodia Matos fez pior após ser desclassificado na disputa do bronze na categoria pesado do taekwondo. Ele não teve dúvida: deu um chute na cabeça do juiz, que acabara de fazer o gesto de eliminação. O juiz saiu sangrando. E o lutador e seu técnico foram banidos de todas as competições internacionais. Já o sueco Abrahamian perdeu seu bronze e não poderá mais disputar os Jogos.

Outra ação inusitada ocorreu com o canoísta espanhol David Cal, prata no C1, que vomitou durante a cerimônia de premiação. Mas não foi nenhum protesto: ele passou mal pelo ritmo forte da prova.

Como era de se esperar, o Brasil também teve sua página inusitada em Pequim. Para manter a tradição, aconteceu no atletismo, como foi em Atenas-2004, quando o maratonista Vanderlei Cordeiro foi agarrado por um irlandês no momento em que liderava a prova (acabou em terceiro).

Em 2008, a prova escolhida foi o salto com vara. Após a seletiva inicial, viria a disputa final para Fabiana Murer, que fez seu primeiro salto. Mas, quando precisou de sua vara para alturas maiores, onde foi parar a vara? Ela ameaçou parar a prova, mas foi convencida a participar com equipamento emprestado e ficou longe do pódio. Os dirigentes fizeram um protesto e a razão do sumiço da vara só ficou clara no dia seguinte: tinha ficado no meio dos equipamentos das desclassificadas na eliminatória.

Outros dois fatos inesperados envolveram os brasileiros. Assim como teve dificuldade em campo e o Brasil acabou com o bronze no futebol, Ronaldinho mostrou que não se dá bem com os exames antidoping. No total, ele demorou dez horas nos três exames que teve de fazer durante os Jogos.

Outro caso foi a invasão do site do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) por parte de hackers que decidiram protestar pela campanha da delegação nacional. "Brasil tá um lixo nesas Olimpíada ae kakak nessa com um s memo eh nois estilo" era o título da página inicial da entidade esportiva.

Já no critério musical o Brasil também foi inusitado, com Terrasamba, Xuxa ("Ilariê") e a marchinha carnavalesca "Mamãe Eu Quero" tocando no ginásio de vôlei e vôlei de praia. Mas na trilha sonora o mais bizarro foi a história da garotinha que foi dublada na cerimônia de abertura. A cantora de verdade foi ocultada porque foi considerada insuficientemente "perfeita" para representar o país. Coisas que não acontecem só na China.

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