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quinta-feira, 21 de maio de 2009

E se eu fosse uma loira gostosa?

CuRti no Controle Remoto


Existe uma observação peculiar a se fazer quando tratamos de assuntos referentes aos gênios e referências humanas da história, incluindo-se aí o presente. Por que todo ser, reconhecido por suas idéias, visões e interpretações da vida, há de ser feio como um cão molhado?

É curioso analisar determinadas situações. Por exemplo:

E se Leonardo Da Vinci fosse um negro malhado de olhos verdes, será que teria se perpetuado? Imaginem um Hitler loiro de olhos azuis, com cabelos compridos e um sorriso de galã de novela das oito. Ora, pensem só! Um Einstein ao estilo Marlon Brando! Não, são coisas que não se encaixam.

Observando-se historicamente, somente o período grego tinha os pensadores como referência estética. Após isso, praticamente nenhum povo foi agraciado por um gênio (masculino ou feminino) com alta qualidade de beleza. O que, podemos convir, há muitos anos deixou de ser uma questão exatamente relativa. A taxação de que beleza é relativa não passa de uma utopia, muito defendida exatamente por pessoas feias. O bonito é bonito para a esmagadora maioria, já o feio, o é para a mesma referida. Eu disse maioria!

Ok, ok. Nós temos exceções e não poderia deixar de citá-las. Como exemplo principal, posso citar integrantes de bandas musicais. Ou você nunca se deparou com a situação de ver um cidadão feio como um pataco fecal sendo agraciado aos gritos de “Lindo! Casa comigo?!”, muito embora defenda que esse tipo de situação seja mais relacionado ao deslumbre da fama e posição de destaque causado nas meninas ensandecidas e, em maioria, fúteis.

Também há o chamado “estilo”, que por sinal está na moda. “Ele(a) não é lindo(a), mas é estiloso(a) demais” - Johny Depp, por exemplo. Mas, de qualquer forma, não é muito cabível imaginar um genial sociólogo ou filósofo encaixado neste perfil também.

Mas afinal, o que leva a humanidade a taxar pessoas bonitas como instantaneamente providas de menor inteligência e respeitar mais a opinião de um feio?

Tenho uma teoria, baseada na analogia, para a situação presente. Vejamos se faz sentido.

A tendência de admiração a um pensador, passou a ser muito mais aplicada às pessoas velhas. Afinal, vivência e experiência são sinais claros de maior potencialidade à sabedoria. Com a ampliação da expectativa de vida, os jovens caíram cada vez mais no conceito de saber. A “estupidatização” dos jovens tornou-se latente com o advento da tecnologia, que cada vez mais os tirou da leitura, estudo e reflexão da própria existência. Com isso, o primeiro conceito básico para se admirar um sábio, passou a ser a idade.

A banalização tomou conta da juventude que, agora sabendo da expectativa até os 70 anos, passou a tratar os 20 primeiros como pura diversão. Muitos nela persistem até os 30. E, juntamente a esta banalização, veio o separamento social jovem, normalmente medido entre pessoas bonitas, que tornam-se populares e desejadas em seus ambientes, e as feias, que tendem mais a questões de estudo e reflexão, um isolamento social.

Não preciso ir além, acredito que a analogia tenha ficado clara sobre os caminhos que os grupos trilharão. Bem, ou ao menos é uma possível explicação, a verdade de fato jamais será comprovada, pois provavelmente algum supersticioso dirá que os talentos individuais são totalmente providos por Deus. O que põe por terra toda nossa análise.

No final das contas, somente uma certeza: se eu fosse uma loira peituda de cílios postiços, você provavelmente não estaria mais aqui.

Agora, se eu raspasse a cabeça e me tornasse excêntrico

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