O valor de mercado das principais empresas que têm ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu à metade desde o início do ano, segundo cálculos da consultoria Economatica. O estudo considerou 330 companhias de capital aberto.
Juntas, as empresas analisadas haviam encerrado o ano passado com um valor de mercado de R$ 2,1 trilhões. Na última sexta-feira (dia 24), o valor das mesmas empresas era de R$ 1,055 trilhão, uma queda de 49,7%.
O setor de construção civil foi o que mais perdeu valor de mercado, em termos percentuais: 67,7% (de R$ 45,3 bilhões para R$ 14,6 bilhões). Em seguida vêm as empresas de papel e celulose (recuo de 67,7%), eletroeletrônicos (queda de 61,8%) e as de máquinas industriais (perda de 59,5%).
Entre os 20 setores analisados, o de telecomunicações foi o que menos perdeu (23,5%). Seguem a lista dos menos prejudicados os setores químico (queda de 29,5%), de energia elétrica (-31,2%) e de alimentos e bebidas (-38,2%).
Petróleo: perda de R$ 232 bi
Em termos nominais, o setor de petróleo e gás foi o que apresentou maior perda de valor de mercado: R$ 232 bilhões. As quatro empresas desse segmento listadas na Bolsa valiam, no final do ano passado, R$ 435 bilhões. Na última sexta-feira, o valor era de R$ 203 bilhões (queda de 53,3%).
Em seguida, no ranking das maiores perdas nominais, vêm os setores de finanças e seguros (perda de R$ 223 bilhões), mineração (de R$ 160 bilhões) e siderurgia e metalurgia (de R$ 61 bilhões).
Os setores que menos perderam, em termos nominais, foram o de minerais não metálicos (perda de R$ 528 milhões) e software e dados (R$ 1,2 bilhão). Nenhum dos 20 setores analisados apresentou ganhos no ano.
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