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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Geração de empregos com carteira assinada tem pior resultado em quase dez anos

No mês de dezembro de 2008, ocorreu uma redução de 654.946 empregos com carteira assinada no Brasil. Foi a maior queda mensal desde maio de 1999, quando o Ministério do Trabalho começou a usar a metodologia atual. O recorde anterior havia sido em dezembro de 2004, quando o país perdeu 352.093 vagas.

Historicamente, o mês de dezembro é sempre de queda em empregos, segundo informações do Ministério do Trabalho, sendo que nunca houve, desde o inicio da pesquisa, um crescimento nos postos de trabalho no último mês do ano.

De acordo com o órgão, em dezembro de 2008, o setor mais afetado foi a indústria de transformação, que engloba vestuário, automóveis, calçados e móveis. Somente nestes segmentos, foram perdidas 273.240 vagas de emprego.

Além da crise, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu esta queda de empregos aos estoques elevados que estas fábricas estavam mantendo.

O segundo setor mais afetado foi o da agricultura, que teve um saldo negativo de 134.487 empregos. O ministro disse que esta retração reflete a dificuldade de obtenção de crédito pelos agricultores em meio a turbulência mundial.

Já o setor de construção civil teve uma perda de 82.432 vagas de trabalho. Para Lupi, este resultado tem a ver com a "sazonalidade" do segmento, que costuma registrar números piores no mês de dezembro por conta das férias.

Apesar dos resultados ruins de dezembro, o ano de 2008 apresentou um saldo positivo de 1.452.204 empregos, o que representou um crescimento de 5,01% sobre 2007. Este foi o terceiro melhor resultado anual desde a implementação da atual série histórica do indicador.

O melhor ano foi em 2007, com a geração de 1.617.392 vagas, seguido por 2004, com a criação de 1.523.276 empregos.

Ministro garante retomada do emprego
Lupi afirmou que em março o saldo de empregos será positivo. "O Brasil não viverá momentos mais graves do que os que já passou", disse.

Ele se encontrou nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater medidas para gerar novas vagas de trabalho.

O ministro não citou nenhum plano específico, mas falou que as empresas que se comprometerem a contratar devem ganhar isenções fiscais.

Lupi também defendeu a redução dos juros, que é esperada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da próxima quarta-feira.

Ele disse, porém, que não basta o governo reduzir a Selic. É necessário que os bancos repassem o custo menor do dinheiro para o consumidor e parem de cobrar os juros "abusivos que atualmente praticam".

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